Ter saúde não passa apenas por comer saudável, dormir bem, ter bons pensamentos e fazer exercício!
Um dos grandes fatores para uma boa saúde prende-se com evitar e minimizar a exposição a substâncias tóxicas (pesticidas, conservantes, metais pesados, etc…)
A cosmética e produtos de higiene são uma grande fonte de exposição a substâncias tóxicas, nesse mesmo âmbito, o tipo de desodorizante que utilizamos, é algo a que devemos prestar muita atenção!
… é um uma secreção inodora das glândulas sudoríparas presentes em algumas regiões do corpo. Embora o suor seja inodoro, o cheiro que este adquire provem da acção das bactérias que colonizam a pele e atuam sobre o suor produzindo um composto denominado trans-3-Methyl-2-hexenoic acid (TMHA) que dá o cheiro característico ao suor.
… são um conjunto de substâncias aplicadas ao corpo com o objectivo de prevenir ou mascarar o odor que pode emanar das regiões de maior suor (axilas, virilhas, pés…).
O uso de desodorizantes é uma pratica que já remonta ao antigo império romano (que colocavam nas axilas almofadas aromáticas), mas foi apenas no século XX que o hábito perigoso de introduzir substâncias químicas com derivados de alumínio começou a ser comum.
Atualmente, as variedades de desodorizantes disponíveis variam muito: com ou sem álcool, aromatizados ou não, com ou sem bactericidas, sobre a forma de creme, spray ou roll-on…
Existem essencialmente 2 classes de produtos:
1 – Anti-transpirantes, que actuam bloqueando os poros e prevenindo o suor de ser secretado. Torna-se fácil de entender que este tipo de mecanismo pode ser perigoso e levar inclusive ao desenvolvimento de furúnculos e outros problemas de pele. Geralmente este tipo de produtos contêm uma grande quantidade de metais pesados (alumínio e zinco) que ao reagirem com o suor formam uma espécie de rolha que impede o suor de ser expelido.
2- Desodorizantes (absorventes), são geralmente de base alcoólica, podem conter perfumes e outras substâncias irritantes e potencialmente tóxicas. Embora não tenham um efeito de “tapa-poros”, os compostos utilizados são geralmente tóxicos (parabenos, triclosan, propylene glycol, TEA; DEA, corantes, compostos de alumínio…) e para além de causarem irritação, podem levar a reacções inflamatórias e estimular o crescimento de células cancerígenas.
Sabe-se que ao depilar a axila, a camada mais superficial da pele é esfoliada levando a uma maior absorção (até 6x mais) das substâncias lá aplicadas, por esta razão, o efeito tóxico de muitos compostos presentes nos desodorizantes aumenta quando aplicados em regiões recentemente depiladas (ex: axilas).
Sabemos que o Alumínio é um metalo-estrogénio com efeitos genotóxicos, ou seja, tem efeitos estrogénicos e tóxicos para o ADN podendo causar mutações. Os níveis de alumínio testados no tecido mamário mostraram ser significativamente superiores no quadrante latero-superior (junto à axila,) o que se explica devido à aplicação dos desodorizantes nesta região; para além disso, sabe-se que mulheres com cancro da mama têm níveis de alumínio até 2x superior no tecido mamário comparativamente com mulheres que não tem.
Estudos recentes demonstram que houve uma mudança radical na área onde a maioria dos cancros da mama surge. Enquanto que há 60 anos, os tumores na região latero-superior (junto à axila) da mama representavam apenas 31% dos casos, em 1990, o número de ocorrências oncológicas nessa mesma região da mama duplicou, para 61% dos casos!
Curiosamente, como podemos ver no gráfico abaixo, o crescente uso de desodorizantes acompanhou (e muito provavelmente causou) o aumento do número de casos de cancro da mama na região da axila.
ROSA: número de casos de cancro da mama
AZUL: Vendas de Desodorizantes)
entre 1940 e 2000
A presença do alumínio está cada vez mais generalizada e embora os desodorizantes sejam uma grande fonte de exposição, existem tantas outras fontes que nos expõem a este tóxico:
Curiosidades