Olá! 🙂
São várias as pessoas que me têm dito que não gostam do sabor ou da consistência do arroz integral e que por mais tempo que o cozinhem parece que fica sempre cru. Não sei se é o vosso caso mas garanto que se o prepararem da forma que irei explicar não só irá ficar completamente cozinhado como acredito que se irão render ao arroz integral! E há melhor do que comer algo que sabe bem e nos faz ainda melhor!?
O arroz integral é o cereal mais utilizado na Alimentação Macrobiótica e o meu cereal preferido! Tal como acontece com os outros cereais, o arroz integral é nutricionalmente e energeticamente muito mais rico que o arroz branco pois como no processo de refinição são removidos o farelo e o gérmen, restando apenas o endosperma, o arroz perde vários nutrientes, em especial fibra, vitaminas do complexo B, minerais e proteínas, o que faz toda a diferença no nosso corpo! Quando comemos arroz integral e os outros cereais integrais na forma de grão, podem esquecer por completo aquela questão de que os hidratos de carbono engordam! Acreditem! Não é fantástico? 😉
Na Macrobiótica, o arroz integral é considerado um alimento essencial por ser um cereal muito equilibrado, contribuindo para o bem-estar de todo o corpo e em especial para o bom funcionamento dos pulmões e do intestino grosso. Constitui, também, uma óptima opção para quem deseja controlar a diabetes e/ou o peso corporal pois os hidratos de carbono que apresenta são absorvidos de forma lenta pelo organismo.
Devemos optar, sempre que possível, pelo BIOLÓGICO! A variedade mais equilibrada para uso regular é a redonda (arroz cateto ou carolino). Para quem não está habituado pode começar por experimentar o arroz semi-integral!
Para uma digestão e assimilação adequadas dos seus nutrientes é mesmo muito importante que o arroz integral seja demolhado e bem cozinhado! Idealmente, também deve ser muito bem mastigado!
Então, COMO COZINHAR O ARROZ INTEGRAL?
Para mim sem dúvida que a melhor forma é cozê-lo na panela de pressão (mas também podem usar uma panela comum). Para isso, lava-se bem o arroz e coloca-se de molho de um dia para o outro (8-12h) ou por pelo menos 6h. Nesta fase, pode-se adicionar 1 colher de sopa de vinagre de cidra ou de sumo de limão para melhorar o processo de neutralização dos anti-nutrientes presentes no cereal (opcional). Depois, escorre-se a água, passa-se por água limpa, escorre-se e coloca-se o arroz ao lume com o dobro da água (ou com duas medidas e meia se o demolharam por menos tempo). Assim que levantar fervura, adiciona-se 1 pitada de sal marinho integral por cada chávena de arroz, fecha-se a panela de pressão e deixa-se em lume alto por 1 minuto para ganhar pressão. Depois reduz-se a chama para o mínimo (o mínimo possível) e coze por 40-45 minutos. Não é necessário que o bilro da panela esteja a rodar!
Pode-se, ainda, adicionar à cozedura uma tirinha de alga Kombu, o que irá enriquecer o arroz com minerais!
Se gostar do arroz um pouco mais seco e solto use 1 medida e meia de água e coza por 35 minutos. Mas, o resultado deve ser sempre um arroz bem cozido e não “al dente”!
E para quem tem receio das panelas de pressão (como era o meu caso), acredite que é uma questão de hábito! Mas se não tem ou não quer usar uma panela de pressão pode cozinhá-lo da mesma forma numa panela normal. De preferência, uma panela com tampa pesada (ou coloque-lhe um peso em cima) para evitar que perca vapor.
Costumo cozer uma quantidade maior de modo a sobrar e guardá-lo no frigorífico (aguenta 4 dias).
Depois de cozido pode ser consumido tal como sai da panela ou usado de diversas formas, dando origem a pratos deliciosos e que saciam por mais tempo, tanto ao pequeno-almoço como ao almoço, ao lanche ou ao jantar!
Deixo ainda um artigo (em inglês) sobre os benefícios do arroz integral para quem quiser saber um pouco mais: https://www.organicfacts.net/health-benefits/cereal/brown-rice.html?fbclid=IwAR2stNjbMcMkEnRRut-Sxr4S1bLtxnR0PHHKzHZVA-pyoGLfE49I8m4Y-2U
Comer pode ser uma forma de se amar a si e a tudo o que o(a) rodeia!
Vamos comer de forma natural? 🙂